A língua culta prende-se aos modelos e normas da Gramática tradicional e é empregada pelas pessoas que têm acesso à escola, aos meios de instrução, sendo, portanto, instrumento de dominação e discriminação social. É a modalidade lingüística tomada como padrão de ensino e é com ela se redigem os textos e documentos oficiais do país.
É chamada de língua técnica aquela utilizada por grupos restritos de indivíduos que compartilham um mesmo conhecimento técnico: são os profissionais afins.
Língua popular ou linguajar é aquela utilizada pelo povo, sendo desprovida de qualquer preocupação com a “correção gramatical”. Seu objetivo é apenas comunicar informações, exprimir opiniões e sentimentos de maneira eficaz.
Língua literária é aquela que abandona as necessidades estritamente práticas do cotidiano comunicativo, passando a observar fatores estéticos. Caracteriza-se pela elaboração artística do código lingüístico, visando a finalidades expressivas.
Na realidade, é errado afirmar que exista uma forma correta de emprego da língua portuguesa. Deve-se, sim, pensar em uso adequado ou inadequado, pois todo idioma é composto de diferentes “falares”, quase como dialetos, cada um deles característico para determinadas situações.
Tecnicamente, cada tipo de linguajar recebe o nome de nível de linguagem, sendo os mais empregados o padrão culto (ou gramatical) e o popular (ou coloquial). É importante reforçar: nenhum dos dois é o correto ou o errado, apenas apropriado ou inapropriado em determinado contexto. Assim, em um documento oficial, a linguagem do dia-a-dia (coloquial) seria descabida, assim como seria absurdo apegar-se à Gramática na intimidade dos momentos de amor.
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