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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O valor de um educador



Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
(Paulo Freire).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aluno não aprende: de quem é a culpa?

O sistema educacional brasileiro passa por uma grande crise. O baixo rendimento dos alunos é a prova disso. Mas, de quem é realmente a culpa de toda essa crise? Vamos analisar isso um pouco;  
Alunos que ao invés de carregarem  livros e cadernos em suas mochilas, carregam armas e drogas; alunos que não fazem um mínimo de esforço para adquirir conhecimentos, não estão "nem aí" para a aula do professor; alunos que enfrentam os professores que cobram um pouco mais deles; alunos que usam a escola apenas como parque de diversões, ponto de encontro, salão de beleza, cyber/lan house, ringue de luta, etc, menos como um lugar de aquisição de conhecimentos e de aprendizagem. E agora, o que fazer? De quem é a culpa disso tudo? Só do professor? 
Acredito que não. Não é porque é o professor o responsável por sua turma/disciplina que ele tem que dar conta do mau comportamento daquele aluno que "não quer nada" e por isso não aprende, aliás, mau comportamento que ele já traz de casa. O que o professor vai fazer com um aluno, (que não é mais criança) que se nega a assistir sua aula, ne nega a querer aprender? Não, nem tudo é culpa do professor. Há coisas que estão fora da responsabilidade do professor.
Claro, todos nós sabemos que há exceções, mas não vamos generalizar. Sabemos que tem professores altamente desmotivados e decepcionados com a educação, por isso deixam a desejar. Sabemos que tem professores que não acreditam que alunos de escola pública tenham capacidade de aprender (ledo engano) e sabemos que tem professores, assim como os alunos, que se negam também a estudar, a aprender novas metodologias de ensino. 
Mas, sabemos também, que existem muitos professores, de escola pública, excelentes. Que fazem de tudo para dar uma boa aula para seus alunos. Professores que estudam, pesquisam, perdem horas de sono e final de semana preparando aula, corrigindo prova e atividades.
Por isso, acredito que o erro está no sistema educacional vigente. Apesar de os alunos terem hoje muitas oportunidades e facilidades para aprender, como: livros, sala de informática com internet, biblioteca, merenda e material escolar, ele não quer usar essas facilidades para melhorar sua aprendizagem e para seu crescimento pessoal.
Não estou dizendo que sou contra isso tudo. O problema é outro: Tudo hoje é muito fácil para o aluno. Só não passa de ano quem não quer mesmo. O aluno praticamente não precisa mais estudar para as provas, por isso ele não estuda, pois em tudo ele já tem "pontos" garantidos: ponto de gincana, de festa junina, de feira cultural, de desfile escolar, de atividades de sala de aula, entre outros. Pra que ele precisa estudar?
Fora isso, ainda tem as recuperações paralelas (em junho e em janeiro). E se mesmo assim, ele ainda ficar reprovado em algumas disciplinas, tem a dependência. Quer mais? A média para passar é apenas 5,0.

O que você disso? qual sua opinião?

Leia mais sobre o assunto no Jornal do JEQ: Ensino-Aprendizagem

sábado, 26 de junho de 2010

Sobre Jequitibás e eucaliptos

Encontrei este texto de Rubem Alves em meus velhos arquivos. É lindo e traduz tudo que eu penso sobre professor e educador. Vale a pena ler ... e reler para quem já conhece.

Sobre jequitibás e eucaliptos

Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor. Talvez seja o educador mais famoso e requisitado atualmente no Brasil.
Autor de mais de sessenta livros, entre os quais se encontra uma prolífica literatura infantil, crônicas e inúmeros livros voltados para a área da educação.
Em suas obras pedagógicas costuma abordar temas sérios e importantes como a formação do educador, se há a diferença entre ser professor e ser educador, o processo educacional, a qualidade total na educação, entre outros. Seu texto é bastante agradável a partir do momento em que se utiliza de histórias, metáforas e fábulas para um melhor entendimento do conteúdo.
Segundo Rubem ensinar é mobilizar o desejo de aprender. Mais importante do que saber é nunca perder a capacidade de aprender. "Saber é saborear": afirma. O novo profissional da educação deve romper o divórcio entre a vida escolar e o prazer.
Diante da atual sociedade onde o capitalismo dita as regras chegando atingir a área educacional - a qual muitas vezes visa eficiência e lucro esquecendo do prazer e entusiasmo necessários para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de forma eficaz, constatamos com tristeza que o professor trabalha sem interesse e sem prazer, apenas para obter um salário e usufruir dele.
Rubem Alves faz uma boa distinção entre o Professor e o Educador, "advertindo-nos de que na realidade, na prática, eles se encontram juntos, mesclados no profissional da educação".Para ele o educador é aquele que abraça a causa com vontade, que tem paixão pelo que faz.

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