Figuras de pensamento: As figuras de pensamento são resultados de uma divergência entre o sentido literal de uma palavra e os intentos que levam alguém a utilizá-las em determinado contexto, além de exaltar uma ideia que se quer evidenciar ou diminuir.
1. Antítese: Aproximação de palavras de SENTIDOS OPOSTOS.
2. Paradoxo: Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de IDEIAS CONTRADITÓRIAS.
Ex: “Eu que sou cego – mas peço luzes...
Que sou pequeno, - ma só fito os Andes...” (Castro Alves)
Que sou pequeno, - ma só fito os Andes...” (Castro Alves)
“Quando um muro se separa, uma ponte se une.”
Nada com Deus é tudo,/ Tudo sem Deus é nada.
2. Paradoxo: Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de IDEIAS CONTRADITÓRIAS.
Ex: Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas. Ex: “O mito é o nada que é o tudo”.
"Amor é fogo que arde sem doer
É um contentamento descontente
É ferida que dói e não se sente.”
“Não existiria som se não houvesse o silencio”
3. Apóstrofe: Figura pela qual o narrador interrompe o discurso para DIRIGIR-SE a uma pessoa ausente ou não, a um objeto inanimado ou a uma ideia abstrata:
Ex: “Ó mar, porque não apagas co’a espuma de tuas vagas, de teu manto borrão?”
“Senhor, Deus dos desgraçados,
dizei-me, Senhor Deus,
se é mentira ou se é verdade
tanto horror perante os céus.”
4. Eufemismo: SUBSTITUIÇÃO DE UMA PALAVRA OU EXPRESSÃO DESAGRADÁVEL ou áspera por outra mais amena.
Ex: Você faltou com a verdade a um homem.
Um senhor pegou seu carro sem lhe avisar e sem a intenção de devolver!
Um senhor pegou seu carro sem lhe avisar e sem a intenção de devolver!
Ele foi repousar no céu, junto ao Pai.
Os homens públicos envergonham o povo.
5. Hipérbole: Afirmação EXAGERADA de uma ideia com o intuito de reforçá-la.
Ex: Falei trezentas vezes para você!
“Meus olhos são pequenos para ver
o mundo que me esvai em sujo e sangue
outro mundo que brota...” (Carlos Drummond de Andrade)
“Meus olhos são pequenos para ver
o mundo que me esvai em sujo e sangue
outro mundo que brota...” (Carlos Drummond de Andrade)
6. Ironia: utilização de um termo com SENTIDO OPOSTO ao que se quer realmente dizer.
Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta.
“Moça linda bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor! (Mário de Andrade)
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor! (Mário de Andrade)
“A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar crianças” (Monteiro Lobato)
Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou tudo o que estava gravado?”
“Essa cômoda está tão limpinha que dá para escrever com o dedo.”
7. Personificação ou prosopopeia: Atribuição de ações, qualidades ou sentimentos a seres inanimados. Também a ATRIBUIÇÃO DE CARACTERÍSTICAS HUMANAS a seres animados constitui prosopopeia, como este exemplo de Mário Quintana: “O peixinho (...) silencioso e levemente melancólico....”
Ex: “O tempo passou na janela e só Carolina não viu.” (Chico Buarque)
“... a Lua tal qual a dona do bordel
pedia a cada estrela fria
um brilho de aluguel” (João Bosco & Aldir Blanc)
pedia a cada estrela fria
um brilho de aluguel” (João Bosco & Aldir Blanc)
“... os rios vão carregando as queixas do caminho.” (Raul Bopp)
“Um frio inteligente (...) percorria o jardim....” (Clarice Lispector)
8. Perífrase - antonomásia: ocorre quando utilizamos EXPRESSÕES ESPECIAS para falar de alguém ou de algum lugar. Utilizamos a perífrase quando se tratar de lugares ou animais e a antonomásia quando se tratar de pessoas. Na linguagem coloquial, é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome.
Ex: O rei dos animais rugia alto diante da ameaça.
“Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil”
Cheia de encantos mil”
Cidade-luz = Paris.
O filósofo de Genebra (Calvino);
O águia de Haia (Rui Barbosa),
O Aleijadinho esculpiu (Antônio Francisco Lisboa).
“O Genovês salta os mares....” (Colombo)
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